En 1961 un grupo de profesionales de la viticultura de Brasil, viajan a Europa, invitados por el Gobierno francés, para perfeccionar sus conocimientos en Viticultura y Enología. Viajan también a España para conocer las nuevas técnicas de elaboración de vinos, procedimientos y maquinaria utilizada y una vez en Madrid, les informan que deben visitar la Cooperativa Nuestro Padre Jesús del Perdón si realmente quieren conocer instalaciones modernas y obtención de grandes productividades en la elaboración de vinos. Melchor Díaz-Pinés Pinés, les acompaña en su visita y les solicita información acerca de los objetivos de su viaje a Europa y la realidad del mercado vitivinícola en Brasil. Le facilitan de forma manuscrita unos folios, redactados en brasileño, que reproduzco a continuación, pensando que su comprensión no debe entrañar ninguna dificultad.
Tendo sido convidado pelo Governo francés para fazer un estágio de perfeicoamento em Viticultura e Enología, vim a Europa para isto, pois o Brasil, por serem seus havitantes de orígem europea principalmente, conserva os costumes do povo europeu.
O povo brasileiro é bastante heterogêneo pois é formado de muitas orígens, como portuguesa, hespanhola, italiana, francesa, alemà, suiça, poloneza, japoneza e outras, porém quase todos gostam de vinhos. Por isto estamos insentivando o cultivo da videira e elaboraçao de vinhos, procurando fazelo por métodos modernos eficientes.
Viemos a Europa a procura de máqunas, variedades de parreiras e técnicas máis avançadas para resolver nossos problemas de maneira más racional.
Minha primera escala no "Velho Mundo" foi em Madrid onde me informaram que a zona da Mancha tinha muitas cêpas e bous vinhos, por isto estoy aquí. Fui gentilmente recebido na Cooperativa de Manzanares e mostraron-me com detalhes a cantina da Cooperativa, que agora desenvolve unha obra monumental de construçoes de novas cantinas modernas todas mecanizadas, para atingir a cifra fabulosa de máis de 1.000.000 de arrobas de vinho, ou sejam más de 16.000.000 de litros.
Pudimos observar também a intençao do povo de MANZANARES de aumentar a produçao e melhorar a qualidade com máquinas e instalaçoes moderníssimas diminuindo assím o custo que tanto onera a produçao do vinho.
Além da Hespanha, pretendemos conhecer algo da viti-vinicultura de Portugal, Italia, Suiça, Alemanha e France. Em France, foinos dado pelo goberno unha bolsa para fazer un estágio de aperfeicoamento durante 3 meses, cumprindo un longo programa elaborado por nós, visando o cultivo da vinha, adubaçao, poda, enfermidades, variedades para elaboraçao de vinhos finos e outros assuntos.
Nos outros paizes que visitarei estoy convidado oficialmente para visitar as firmas máis importantes, tanto vinícolas como fábricas de adubos, insecticidas e fungicidas e diversos materiais.
Somos fornecedores de vinhos para Martini & Rossi no Brasil e em Barcelona, na Espanha, estamos convidados para visitar sua grande fábrica, a qual visitaremos dentro de poucos días.
No Brasil, desempenhamos as funçoes de Engenheiro Agrónomo da Cía. Vinícola Rio Grandense, a maior de noso país. Fizemos vinhos de bôa qualidade de uvas importadas da Europa (importamos moitas enxêrtadas). Nossa capacidade de produçao é 50.000.000 de quilos de uva anualmente, sendo unha boa parte de vinho de uvas européias finas, e outras de uvas americanas para vinhos populares, máis baratos.
A produçao total do Brasil é de cêrca de 250.000.000 de quilos de uvas, sem contar as uvas de mesa (postre) que tem grande importancia.
No Brasil a parte que produze máis uvas é o extremo sul, onde o governo protege os viticultores, establecendo un prècio mínimo para a uva.
O sul de Brasil tem una clima semellante ao da Hespanha, há neves e grandes gêlos no inverno e calor no verâ. A temperatura varía de 4 graus abaixo de 0, á 35º C. acima. Esta zona está no paralelo de 29º de latitude sul.
Há outras zonas de produçao de vinhos no centro e nordeste do Brasil, mais sao de menores importàncias.